quinta-feira, 7 de maio de 2009

ABS e ESP: letrinhas que podem salvar vidas

O uso do ABS (Sistema Antibloqueio de Frenagem) e do ESP (Programa Eletrônico de Estabilidade) é um dos temas que estão sendo discutidos no 9º Colloquium Internacional SAE BRASIL de Freios & Mostra de Engenharia, em Gramado - RS.

O ESP representa o que há de mais moderno atualmente em segurança ativa. O modelo mais recente produzido pela Bosch, por exemplo, está na oitava geração. O programa incorpora, além das funções do ABS, os benefícios do TCS (Controle de Tração), o que garante uma aceleração estável e sem deslizamento das rodas.

O principal benefício do ESP é que, em caso de manobras bruscas de emergência, o sistema é capaz de corrigir automaticamente a trajetória do veículo. Segundo Geraldo Gardinalli, gerente de Engenharia de Aplicação da divisão Chassis Systems Control da Robert Bosch América Latina, o sistema freia as rodas individualmente e gerencia a potência do motor de acordo com a necessidade.

Na prática, quando dirigimos um carro equipado com ESP, sentimos como se uma "mão invisível" colocasse o veículo na trajetória certa em situações em que o automóvel pudesse derrapar, sair de traseira, ou desgarrar-se muito do asfalto em uma curva fechada em alta velocidade, por exemplo.

Recentemente, o Parlamento Europeu aprovou a obrigatoriedade do ESP. Este item de segurança deverá fazer parte de todos os novos projetos de veículos feitos pela Comunidade Européia a partir de novembro de 2011 e deverá equipar todos os novos veículos produzidos a partir de 2014. O governo americano também adotou a obrigatoriedade do ESP para todos os novos veículos que forem produzidos nos EUA a partir de 2011.

No Brasil o ESP ainda é pouco difundido, mas, recentemente, o país deu um passo importante para o aumento da segurança veicular. No mês passado, o Contran determinou, por meio da Resolução 312, que o ABS deverá ser obrigatório para todos os veículos novos produzidos a partir de janeiro de 2014, com introdução gradual a partir de janeiro de 2010. Realmente, é um avanço... Espero que, em breve, o ESP também se torne obrigatório, mas sem levar os preços dos automóveis a níveis estratosféricos...

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